Dias de puro futebol na Argentina – 2025 – Uma decisão difícil
No meu segundo dia aqui nesse giro em Buenos Aires, tinha me planejado para ir no jogo Temperley na tarde do domingo, 24 de agosto. Sim, você leu direito. Temperley. 99,99% dos brasileiros não fazem ideia de que time é esse. E é compreensível, não tem histórico internacional. Tá, vou ser sincero. Não tem histórico nem aqui na Argentina, embora esteja na Primera Nacional (2ª divisão). Eu, realmente, sei pouquíssimo sobre.
O time fica na região sul da divisa da Capital Federal, depois de Avellaneda, Lanús, Banfield. Está na localização de Turdera, e joga no estádio Alfredo Beranger. Bom, de toda forma, fiz minha lição de casa: corri atrás dos amigos argentinos para ver se alguém conseguia uma entrada para mim. E, pior de tudo, consegui uma “platea” no valor de 30.000 pesos. Cerca de 120 reais.
Aqui na Argentina o conselho é esse: tentar ingresso sempre com conhecidos, antes de comprar as entradas de forma normal. Sempre tem um jeito de conseguir uma popular ou platea regalada por alguém.
Porém, na noite de sábado, quando eu estava me preparando para dormir cedo, um amigo sugeriu: vamos fazer um churrasco na Filial Lanús do Racing, para assistir o jogo contra o Argentinos Juniors. Quem me conhece sabe, a palavra churrasco me conquista fácil. Pena que o jogo do Temperley era 15h30 e o do Racing às 16h15.
Pensei muito, analisei e vi que a possibilidade do churrasco era a maneira correta de seguir, mesmo que com o coração bem dividido. Encontrar com amigos que tenho do Racing e conhecer gente nova. Foi isso que me motivou. Além disso, pude participar de um “asado argentino” – o mais tradicional possível – e entender como funciona essa mística para eles. Resumindo, totalmente diferente do Brasil.
Um dos amigos no grupo do WhatsApp já falou “levar copos, garfo e faca se puder”. Demorei muito pra entender como funciona. E, aqui é diferente. Em tese, cada um vai lá, pega o teu pedaço, corta e come. Meio aleatório. No fim, tivemos linguiça e carnes, sempre com pão e criolla (vinagrete). O tempo inteiro, comia sanduíches pequenos depois que começou a sair a carne, durando umas duas horas de churrasco.

O jogo em si, não vale a pena dizer muito. O Racing conseguiu perder de virada para o Argentinos Juniors no estádio do rival, Diego Armando Maradona. E conseguiu pior, levar um sonoro 4×1, com a defesa entregando tudo. Curioso, porque na minha opinião o Racing é um dos principais favoritos ao título da Libertadores, porque quando começa o jogo na Copa, joga com tudo. Mas, no Argentino, vai de mal a pior.
Bom, de toda forma, sacrifiquei o domingo para estar com amigos: Rodri, argentino único, da melhor qualidade; Gonza, que vive entre Brasil e Argentina atualmente, e tive o prazer de conhecê-lo na sua mítica casa na Casa Verde, em 2024. E a lenda de Lomas de Zamora, Marcos Tavares, brasileiro que saiu de Natal há 10 anos e é praticamente um “hermano” já. De bandeja conheci Juli, um amigo de Rodri, nota 10 também. Além deles, outras várias pessoas participaram do churrasco. Um dia especial
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