Dias de puro futebol na Argentina – 2025 – Cumple sus sueños quien resiste

Em 2023, quando estive percorrendo os estádios da Grande Buenos Aires pela primeira vez, tive a feliz oportunidade de ir ao Club Comunicaciones. Lá, como relatei neste texto aqui, eu passei pelo menos umas duas horas na tarde de um domingo, conhecendo as instalações gerais do clube, graças ao chefe da segurança que me recebeu super bem, por pura boa vontade dele.

Assim, quando saíram as tabelas de todas as divisões argentinas, tive a certeza que queria voltar lá, para finalmente conhecer o estádio. Isso porque, em 2023, de todas as instalações que têm no Club Comunicaciones, apenas o Estádio Alfredo Ramos eu não havia conhecido. Mesmo estando com o chefe da segurança, não pude entrar.

Durante a semana tentei contato com o pessoal do clube por e-mail, para ver se conseguia isentar minha entrada. Como não tive um sinal positivo, fui sem saber muito bem como/onde entrar. Cheguei lá e literalmente começou a cair o mundo. Choveu e não foi pouco. Ao tomar coragem de ir para a bilheteria, paguei 15.000 pesos (cerca de 60 reais) com felicidade de finalmente assistir um jogo dos “carteros“.

Ao entrar no estádio, logo conversei com um integrante da torcida organizada e perguntei do chefe da segurança, o Sr. Rolando. A resposta foi simples. “Você passou por ele para chegar até aqui, pois ele fica na entrada”. E, realmente, caminhando de volta, logo o encontrei.

“Guga, como vai? Seja bem-vindo”. O tratamento que este senhor me deu, com certeza me faz ter um carinho especial pelo Comu. Sabendo que sou jornalista, me levou até as cabines de imprensa. Separou um lugar para eu ficar. Agradeci muito, mas preferi ir para a plateia normal.

Lá, fiz uma boa amizade com o Lukas, um jovem que assistiu todo o jogo comigo. Também jornalista, só que uns 10 a 15 anos mais novo que eu, ele com certeza entendia e conhecia mais de futebol internacional que eu. Os jogadores da seleção brasileira, com certeza, ele conhecia todos – que eu não tinha a menor ideia de quem eram.

O jogo ia bem, com 1×0 no placar para os carteiros. Quando meu amigo Rolando voltou no fim do segundo tempo para assistir os instantes finais, gol de empate do Villa Dálmine, aos 45 minutos. Banho de água fria. Quase não me despedi direito do chefe. Ainda pedi desculpas, porque geralmente me sinto culpado quando o time da casa não ganha.

Último jogo em terras portenhas
Saí do estádio, andei com meu amigo Lukas até a estação Villa del Parque, para tomar um trem até Palermo. Chegando em Palermo, um metrô até a estação Bulnes, para aí encontrar meu amigo Ezequiel e irmos ao jogo do Racing.

No estádio do Racing, uma maldição que também me aconteceu na última vinda para recorrer estádios argentinos: derrota da La AKD dentro de casa, contra um time de menor expressão do Campeonato Argentino. O Unión de Santa Fé ganhou de 3×1 do Racing, de virada, com muita autoridade. Em 2023 eu tinha ido lá, e o resultado também foi amargo no meu último jogo, 4×2 para o Talleres de Córdoba. Naquela ocasião foi tensão pura, porque o Racing levou 3×0, diminuiu para 3×2, mas levou o quarto gol logo em seguida.

No jantar após o jogo Racing x Unión, o Ezequiel me perguntou se eu não tava dando má sorte aos times que eu estava indo ver jogar. No fim, só o Racing perdeu dos mandantes dos jogos que fui: Atlanta 2×1 Ferro Carril Oeste, Riestra 3×0 Sarmiento, Lanús 1×1 River, Dock Sud 1×0 Excursionistas, Chacarita 2×2 Mitre, Comunicaciones 1×1 Villa Dálmine, e Racing 1×3 Union.

Sete jogos, com outros dois estádios visitados (Ferro Carril Oeste e Defensores Belgrano) nesta segunda edição dos meus dias de puro futebol na Argentina. Feliz pela vivência, feliz pelas amizades e locais conhecidos. Bora para mais, que já já eu tô de volta. Atualizando: voltei de Bs As com 122 na conta. Ótimo número. Rumo aos 150.

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